AVC (acidente vascular cerebral)
O AVC acomete 1 a cada 4 pessoas no mundo ao longo da vida. O atendimento inicial ágil é essencial para se tentar evitar sequelas. Os principais tipos são o isquêmico (cerca de 80%), o hemorrágico e a trombose venosa cerebral (TVC). Após a estabilização durante a internação, o acompanhamento em consultorio tem como principais objetivos:
- Estabelecimento da causa – quando o motivo do AVC não tiver sido definido na internação, a investigação ambulatorial aprofunda-se para tentar esclarecer a(s) causa(s) do AVC e instituir a prevenção mais adequada no sentido de se tentar evitar outro evento. Por exemplo: se for encontrada uma arritmia do tipo fibrilação atrial como causadora do AVC, o tratamento é o uso de um anticoagulante; se for identificada uma obstrução importante da artéria carótida que irriga a região cerebral afetada, o tratamento é cirúrgico, e assim por diante. A causa pode não ficar elucidada em alguns pacientes, especialmenteos jovens, mas é importante tentar esgotar a busca a fim de se garantir a melhor prevenção.
- Prevenção e tratamento de complicações – como consequência da lesão cerebral, e a depender do nível dos déficits e incapacidades, o paciente pode desenvolver:
- Ombro doloroso: até 70% dos pacientes podem desenvolver dor significativa no ombro acometido no primeiro ano pós-AVC, dificultando sobremaneira a reabilitação.
- Depressão: até 1/3 dos pacientes desenvolvem sintomas depressivos no primeiro ano pós-AVC, o que acarreta prejuízo da reabilitação e da qualidade de vida para os pacientes e familiares.
- Espasticidade: cerca de 40% desenvolvem rigidez excessiva de alguns grupos musculares afetados, geralmente entre 3 e 18 meses do AVC, podendo dificultar a fisioterapia, a higiene, a vestimenta, o posicionamento das órteses e provocar dor.
- Epilepsia: até 10% dos pacientes pós-AVC passam a apresentar crises epilépticas em algum momento.
- Incontinência urinária – até 15% dos pacientes permanecem incontinentes após o primeiro ano do AVC.
- Distúrbios de movimento – são raros no pós-AVC, mas podem trazer prejuízo à reabilitação e à qualidade de vida.
- Acompanhamento multidisciplinar da reabilitação – a equipe de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, nutricionistas e psicólogos que acompanha o paciente necessita estar alinhada a fim de que ele receba as terapias mais adequadas para o seu caso.
Entrevista com a jornalista Mônica Cunha no Manhã Total
A Dra Jullyanna Shinosaki fala sobre o que é AVC, seus principais sinais e sintomas, seus fatores de risco e convida para a Campanha de combate ao AVC, um projeto de extensão que realiza anualmente na Universidade Federal de Uberlândia.
Autonomia e independência no AVC
Você sabe qual a diferença entre estes termos? A Dra Jullyanna Shinosaki explica o significado deles e orienta sobre a importância deste tipo de estímulo para as pessoas que tiveram AVC.
Vida e reabilitação após o AVC
Nesta reportagem do MG TV, a Dra Jullyanna Shinosaki fala sobre o que é AVC e seus principais sinais e sintomas e sobre a espasticidade, um fenômeno de rigidez excessiva de alguns grupos musculares que pode ocorrer após o AVC. A Profa Camilla Hallal fala sobre os serviços de reabilitação oferecidos pela Clínica de Fisioterapia da Universidade Federal de Uberlândia.A Dra Jullyanna Shinosaki fala sobre o trabalho realizado como coordenadora da Unidade de AVC do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia.