A toxina botulínica começou a ser usada na prática clínica na década de 80 para o tratamento do estrabismo. Desde então , suas indicações só têm aumentado. Os usos pela Neurologia são:
- Espasticidade – rigidez excessiva dos músculos que pode aparecer após qualquer lesão do sistema nervoso central, como AVC, trauma craniano ou raquimedular, demência avançada, paralisia cerebral, tumor e esclerose múltipla, por exemplo.
- Distonias – condições caracterizadas por movimentos involuntários e/ou posturas anormais de uma ou mais partes do corpo
- Sialorreia – salivação excessiva que ocorre em várias condições neurológicas, como paralisia cerebral, Doença de Parkinson, esclerose lateral amiotrófica e encefalopatia hipóxico-isquêmica (após parada cardíaca), por exemplo.
- Espasmo hemifacial – movimento involuntário de uma metade do rosto, em que o piscamento excessivo e os “repuxões” da região maxilar podem provocar dificuldade de ler, dirigir e comer, por exemplo, além de constrangimento social.
- Blefaroespasmo – movimento involuntário de piscamento excessivo ou até de fechamento involuntário mais prolongado dos olhos, com necessidade de grande esforço para abrir as pálpebras.
- Enxaqueca – dor de cabeça forte, pulsátil, muitas vezes de um lado só da cabeça, com náuseas e/ou vômitos, piora com exposição à luz, ao barulho ou ao esforço físico. Crises fortes e frequentes podem ser prevenidas com a aplicação de toxina botulínica.
- Bruxismo – condição em que há uma contração excessiva de alguns músculos da mastigação, levando a dor próximo da articulação temporomandibular e alterações dentárias pelo ranger frequente.
Vida e reabilitação após o AVC
Nesta reportagem do MG TV, a Dra Jullyanna Shinosaki fala sobre o que é AVC e seus principais sinais e sintomas e sobre a espasticidade, um fenômeno de rigidez excessiva de alguns grupos musculares que pode ocorrer após o AVC. A toxina botulínica pode ajudar na higiene, na vestimenta, na melhora da dor, na facilitação da fisioterapia e na prevenção de deformidades. A medicação também é usada para distonias (movimentos involuntários em determinados segmentos do corpo), sialorreia (salivação excessiva), espasmo hemifacial e blefaroespasmo.